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Cooper, R., Burrell, G. (2006). Modernismo, Pós-modernismo e Análise Organizacional: uma Introdução. RAE-Revista de Administração de Empresas, 46(1).
ABNT
COOPER, R.; BURRELL, G. Modernismo, Pós-modernismo e Análise Organizacional: uma Introdução. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 46, n. 1, jan-mar, 2006.
O artigo introduz o debate atual, em ciências humanas, entre as posições antagônicas conceituais de "modernismo" e "pós-modernismo" e discute suas implicações na análise organizacional. O debate focaliza a natureza do "discurso" (informação, conhecimento, comunicação) e seu papel nos sistemas sociais. O discurso do modernismo apóia-se em critérios transcendentes, porém antropocêntricos, como "progresso" e "razão", que são diversamente exemplificados na obra de Bell, Luhmann e Habermas. Em contraste, o discurso pós-moderno (representado aqui principalmente pela obra de Lyotard, Derrida, Foucault, Deleuze e Guattari) analisa a vida social em termos de paradoxo e indeterminação, rejeitando assim o agente humano como centro do controle racional e do entendimento. O artigo então considera duas visões contrastantes do processo organizacional que se seguem dessas abordagens antagônicas ao discurso. No modelo modernista, a organização é vista como ferramenta social e extensão da racionalidade humana. Na visão pós-moderna, a organização é menos a expressão do pensamento planejado e da ação calculada e mais uma reação defensiva a forças intrínsecas do corpo social que constantemente ameaçam a estabilidade da vida organizada. As implicações desta última visão para a análise organizacional ortodoxa são discutidas mais detalhadamente.
The paper introduces the current debate in the human sciences between the opposing conceptual positions of "'modernism" and "postmodernism" and discusses its implications for organizational analysis. The debate focusses on the nature of "discourse"' (information, knowledge, communication) and its role in social systems. The discourse of modernism rests on transcendent yet anthropocentric criteria such as 'progress' and 'reason' which are varyingly exemplified in the work of Bell, Luhmann and Habermas. In contrast, postmodern discourse (represented here mainly by the work of Lyotard, Derrida. Foucault, Deleuze and Guattari) analyzes social life in terms of paradox and indeterminacy, thus rejecting the human agent as the centre of rational control and understanding. The paper then considers two contrasting views of the organizing process which follow from these opposing approaches to discourse. In the modernist model organization is viewed as a social tool and an extension of human rationality. In the postmodern view, organization is less the expression of planned thought and calculative action and a more defensive reaction to forces intrinsic to the social body which constantly threaten the stability of organized life. The implications of the latter view for orthodox organizational analysis are discussed in some detail.
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