Poucas pessoas diriam hoje que uma empresa é gerenciada e conduzida por forças divinas. Acredita-se que a gestão seja racional em sua essência e movida pela busca de resultados, quase sempre financeiros. Mesmo assim, a espiritualidade está presente no cotidiano dos negócios, por exemplo na gestão de pessoas e na formulação de estratégias. Alguns acreditam, inclusive, que organizações que acolhem o pensamento religioso e a espiritualidade são mais bem-sucedidas. Este número da GV-executivo é dedicado a esse fenômeno.
Podemos realmente dizer que uma organização permeada por valores espirituais é mais propensa a vencer no mercado competitivo? Seriam seus funcionários mais motivados a trabalhar, mais comprometidos com as metas e a visão da organização? Ou poderíamos tratar essa redescoberta da religião e da espiritualidade apenas como nova fonte de negócios? Executivos-líderes podem, em alguns momentos, ser confundidos com sacerdotes do capitalismo? Os textos do último número da GV-executivo em 2007 debatem as causas e conseqüências da onda espiritual nas organizações.
Esta edição é a primeira que conduzo como editor da RAE-Publicações. Inicio minha nova atividade contemplando o passado e o futuro da revista. Este patrimônio, cuja gestão agora me é confiada, foi construído pelo esforço coordenado da equipe da RAE e de dois editores que me precederam, Thomaz Wood Jr. e Carlos Osmar Bertero. Como toda publicação viva e dinâmica, ela permanece um projeto em construção, com desafios e oportunidades, que pretendemos explorar no próximo ano.
Boa leitura a todos e até lá!
Francisco Aranha
Diretor e Editor
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